
Os enterros estavam no interior de uma muralha de pedra. (Difusión). Imagem disponível em http://peru21.pe/noticia/615503/hallan-79-cuerpos-murallas-kuelap
Por PERU.21.pe (portal de notícias peruano). Artigo publicado em 29/07/2010, quinta-feira, às 08:18, na seção "Atualidade". Tradução do espanhol para o português: Prof. Rodrìgo Frigerio Piva.
A informação foi confirmada a Peru.21 pelo diretor do projeto de restauração e conservação, Alfredo Narváez, que afirmou que, devido à grande quantidade de umidade que tem o sitio arqueológico, pela sua localização, os corpos quase não conservam nenhum vestígio orgânico nem de tecidos.
“A maior parte são restos de ossos de adultos, porém não descartamos que haja também adolescentes. Estes pertenceriam aos séculos VII e VIII da Era Comum e seriam da cultura Chachapoyas [http://es.wikipedia.org/wiki/Cultura_Chachapoyas]”, detalhou.
O investigador explicou que se trataria de enterros secundários. É dizer, que foram desenterrados de sua cova original e levados a outro setor para ser novamente enterrados.
“Este costume era bem difundido no Peru Pre-hispânico e Kuélap, pela sua extensão e arquitetura, precisou do trabalho comunitário de várias zonas. Então, ao se construir o lugar mais importante de caráter sagrado para os Chachapoyas, as comunidades que ajudaram em sua construção levaram seus mortos para serem enterrados novamente na fortaleza”, disse.
Narváez completa dizendo que, devido aos problemas de financiamento, prontamente no fim deste ano se fará um estudo mais minucioso dos corpos, e posteriormente estes seriam expostos em algum museu.
CONSERVAÇÃO. Por outra parte, o diretor do projeto de restauração e conservação de Kuélap anunciou que estão trabalhando na reabilitação de um conjunto de 27 estruturas novas que foram localizadas no setor sul da fortaleza. “Queremos encontrar evidências que nos permitam conhecer um pouco mais da história deste recinto”, analisou.
A respeito das 35 seções da fortaleza que estavam a ponto de cair por causa do tempo e pela falta de manutenção, o diretor disse que já foi possível reabilitar 60% da área afetada.
Desta forma, lembrou que as zonas mais afetadas do sítio arqueológico e nas que ainda estão trabalhando são a muralha exterior, a muralha do “Pueblo Alto” e as duas entradas adicionais ao complexo arquitetônico, que foram declaradas em emergência.