A morte nos faz cair em seu alçapão, / É uma mão que nos agarra / E nunca mais nos solta. / A morte para todos faz capa escura, / E faz da terra uma toalha; / Sem distinção ela nos serve, / Põe os segredos a descoberto, / A morte liberta o escravo, / A morte submete rei e papa / E paga a cada um seu salário, / E devolve ao pobre o que ele perde / E toma do rico o que ele abocanha.
(Hélinand de Froidmont. Os Versos da Morte. Poema do século XII. São Paulo : Ateliê Editorial / Editora Imaginário, 1996. 50, vv. 361-372)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Peru: Encontrados 79 corpos nas muralhas de Kuélap

Os restos encontrados no Amazonas (Peru) junto com 27 estruturas novas serão investigados em dezembro.

Os enterros estavam no interior de uma muralha de pedra. (Difusión). Imagem disponível em http://peru21.pe/noticia/615503/hallan-79-cuerpos-murallas-kuelap

Por PERU.21.pe (portal de notícias peruano). Artigo publicado em 29/07/2010, quinta-feira, às 08:18, na seção "Atualidade". Tradução do espanhol para o português: Prof. Rodrìgo Frigerio Piva.

A fortaleza de Kuélap [http://es.wikipedia.org/wiki/Ku%C3%A9lap] continua surpreendendo o mundo. Durante os trabalhos de conservação que se realizam no lugar com a finalidade de recuperar os setores deteriorados pelas constantes chuvas e pelas visitas turísticas que se realizam sem supervisão, um grupo de técnicos do Projeto Arqueológico de Kuélap [http://www.mincetur.gob.pe/turismo/proyectos/kuelap/fortaleza_kuelap.htm] descobriu 79 corpos que estavam no interior de uma muralha.

A informação foi confirmada a Peru.21 pelo diretor do projeto de restauração e conservação, Alfredo Narváez, que afirmou que, devido à grande quantidade de umidade que tem o sitio arqueológico, pela sua localização, os corpos quase não conservam nenhum vestígio orgânico nem de tecidos.

“A maior parte são restos de ossos de adultos, porém não descartamos que haja também adolescentes. Estes pertenceriam aos séculos VII e VIII da Era Comum e seriam da cultura Chachapoyas
[http://es.wikipedia.org/wiki/Cultura_Chachapoyas]”, detalhou.

O investigador explicou que se trataria de enterros secundários. É dizer, que foram desenterrados de sua cova original e levados a outro setor para ser novamente enterrados.

“Este costume era bem difundido no Peru Pre-hispânico e Kuélap, pela sua extensão e arquitetura, precisou do trabalho comunitário de várias zonas. Então, ao se construir o lugar mais importante de caráter sagrado para os Chachapoyas, as comunidades que ajudaram em sua construção levaram seus mortos para serem enterrados novamente na fortaleza”, disse.

Narváez completa dizendo que, devido aos problemas de financiamento, prontamente no fim deste ano se fará um estudo mais minucioso dos corpos, e posteriormente estes seriam expostos em algum museu.

CONSERVAÇÃO. Por outra parte, o diretor do projeto de restauração e conservação de Kuélap anunciou que estão trabalhando na reabilitação de um conjunto de 27 estruturas novas que foram localizadas no setor sul da fortaleza. “Queremos encontrar evidências que nos permitam conhecer um pouco mais da história deste recinto”, analisou.

A respeito das 35 seções da fortaleza que estavam a ponto de cair por causa do tempo e pela falta de manutenção, o diretor disse que já foi possível reabilitar 60% da área afetada.

Desta forma, lembrou que as zonas mais afetadas do sítio arqueológico e nas que ainda estão trabalhando são a muralha exterior, a muralha do “Pueblo Alto” e as duas entradas adicionais ao complexo arquitetônico, que foram declaradas em emergência.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Meio século de paz

Exército comemora os 50 anos do mausoléu dos pracinhas mortos na Segunda Guerra

O monumento localizado no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro foi inaugurado em 1960 e abriga os restos mortais dos pracinhas brasileiros que lutaram e morreram na Itália. Foto: Fernado Dallacqua, 2005. Imagem disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_aos_Mortos_da_Segunda_Guerra_Mundial

Por Cristina Romanelli. Nota publicada na seção "Em Dia", página 10, da Revista de História da Biblioteca Nacional [versão online: http://www.revistadehistoria.com.br], Nº 59, Ano 5, de [01 de] Agosto de 2010.


A Segunda Guerra Mundial acabou em 1945, mas os corpos dos 462 pracinhas só voltaram do Cemitério Brasileiro em Pistoia, na Itália, em 1960. A ideia era repatriá-los de imediato, mas a lei italiana só permitiu que fossem retirados do local muito tempo depois. No mesmo ano, foi inaugurado o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro. Este mês, são comemorados os 50 anos do mausoléu, com apresentação da Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais e exposição de equipamentos e viaturas militares.

Selecionado em um concurso com mais de 20 projetos arquitetônicos, o desenho de Hélio Ribas Marinho e Marcos Konder Netto sofreu alterações durante as obras. “Em vez de uma mãe carregando o pracinha morto, foi erguida a estátua dos três pais da pátria, que representam o Exército, a Aeronáutica e a Marinha”, conta o historiador Francisco César Ferraz, da Universidade Estadual de Londrina.

No mausoléu, há 15 jazigos sem nomes gravados. Eles pertencem a mortos não identificados, e um deles passou a simbolizar o “Soldado Desconhecido”. De acordo com Ferraz, o cemitério de Pistoia também guarda os restos de um soldado brasileiro desconhecido. Ao lado dele foi instalado um marco em homenagem aos combatentes.

Serviço:

O monumento fica na Avenida Infante Dom Henrique, 75 – Glória.
Visitas de terça a domingo, das 10h às 16h.

Veja também o site oficial do "Monumento Nacional aos Mortos na Segunda Guerra Mundial - MNMSGM" que é uma Organização Militar subordinada à Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército: