A morte nos faz cair em seu alçapão, / É uma mão que nos agarra / E nunca mais nos solta. / A morte para todos faz capa escura, / E faz da terra uma toalha; / Sem distinção ela nos serve, / Põe os segredos a descoberto, / A morte liberta o escravo, / A morte submete rei e papa / E paga a cada um seu salário, / E devolve ao pobre o que ele perde / E toma do rico o que ele abocanha.
(Hélinand de Froidmont. Os Versos da Morte. Poema do século XII. São Paulo : Ateliê Editorial / Editora Imaginário, 1996. 50, vv. 361-372)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sítio arqueológico na Colômbia pode ter mais de mil tumbas

Cemitério indígena tem cerca de 1.500 anos, estimam os arqueólogos. Ruínas foram descobertas por acaso, durante uma obra.


Da Globo.com, no Rio
22/04/08 - 01h15


Estudantes da Universidade Nacional da Colômbia fazem escavações em um cemitério indígena em Usme na segunda-feira (21). Especialistas estimam que o sítio arqueológico guarde mais de mil tumbas. (Foto: Reuters/John Vizcaino)




O sítio arqueológico de Usme, ao sul de Bogotá, tem cerca de 1.500 anos. Ele foi descoberto por acaso, durante uma obra. (Foto: Reuters/John Vizcaino)


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL420300-5603,00-SITIO+ARQUEOLOGICO+NA+COLOMBIA+PODE+TER+MAIS+DE+MIL+TUMBAS.html

Veja também (vídeo com imagens das escavações no UOL Notícias em 23/04/2008):

Cemitério indígena com 1.500 tumbas é descoberto na Colômbia

O achado aconteceu em um terreno que seria utilizado para subir casas populares em Usme, município localizado ao sul da capital Bogotá. Veja na reportagem da agência EFE.

http://mais.uol.com.br/view/1575mnadmj5c/cemiterio-indigena-com-1500-tumbas-e-descoberto-na-colombia-040268E49963C6?types=A&

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Cemitério dos Aflitos e seus mistérios

Poucos sabem, mas o atual bairro da Liberdade abrigou o primeiro cemitério da cidade de São Paulo, criado em 1774, para abrigar os pobres, condenados, indigentes e não–católicos da cidade. Os ricos eram enterrados dentro das igrejas ou em volta delas.

Capela dos Aflitos (Herman Graeser/Sphan, 1939).


Por Nelson Jaime
Postado no http://sobrenatural.org em 17/08/2009.



Próximo a ele, onde é a atual Praça da Liberdade ficava a forca da cidade de São Paulo, lá eram executados escravos fugitivos e condenados por crimes para exemplo aos demais, aconteceu lá o enforcamento do soldado Francisco José das Chagas, o "Chaguinha".


O Chaguinha foi condenado ao enforcamento pelo governo. Em sua execução, no Largo da Forca, a corda rompeu duas vezes, o público que assistia atribuiu isso como "milagre", e gritaram "Liberdade". Ao contrário da vontade do povo, o governo executou novamente Chaguinha. Populares dizem que o nome dado ao bairro da liberdade faz menção ao grito do povo de liberdade para Chaguinha.

Em 1779 o governo da província mandou construir dentro do cemitério a capela dos aflitos, sendo a capela do cemitério dos Aflitos.


Em 1858 com a construção do cemitério da Consolação o governo ordenou o fechamento do cemitério dos Aflitos, há poucos registros encontrados da retirada das ossadas, o que nos dá a entender que ainda podem estar enterrados ali os restos mortais dos ali sepultados inclusive “Chaguinha” .

Posteriormente ao fechamento do cemitério o mesmo foi incorporado no loteamento e a renda com o terreno foi convertida na construção da nova Santa Sé da cidade.

Detalhe do bairro da Liberdade em 1847. No destaque, em verde, a área do antigo cemitério dos Aflitos ainda sem o beco. A antiga Rua da Santa Casa, como aparece no mapa, é a atual Rua da Glória. A grande área aberta mais abaixo corresponde à atual Praça da Liberdade. Parte da Planta da cidade de São Paulo e seus subúrbios, de C. A. Bresser, ca. 1847. (São Paulo antigo plantas da cidade. Prefeitura de São Paulo, Comissão do IV Centenário, 1954).


A capela dos Aflitos existe até hoje no Beco dos Aflitos, muito escondida entre os prédios construídos atuais, lá populares fazem pedidos a Chaguinha o que o tornou um santo popular da cidade.


Capela dos Aflitos Hoje [2009].


No atual largo da Liberdade existe a Igreja da Santa Cruz dos enforcados, em homenagem aos que foram enforcados onde hoje está a igreja, no altar existe uma cruz de madeira da cor preta, contam que essa cruz pertencia ao antigo cemitério que era muito próximo onde hoje fica essa igreja.


Dizem que as atuais ruas onde ficam o cemitério hoje em dia são assombradas na madrugada pelos espíritos que ali foram sepultados.

Fonte:http://sobrenatural.org/materia/detalhar/8898/cemiterio_dos_aflitos_e_seus_misterios/


sábado, 19 de setembro de 2009

Túmulos de 4.300 anos são encontrados no norte do Egito

Pirâmide Djoser, na necrópole de Saqqara, onde os túmulos foram encontrados. Foto: JANUSZ RECLAW.

Por Graziella Beting*
Revista História Viva, ed. 65, [10 de] Março de 2009
Saqqara, no Egito, é um complexo funerário mais antigo que as famosas pirâmides de Gizé. Essa imensa necrópole, ligada à antiga capital, Mênfis, foi utilizada ao longo de toda a história do Egito Antigo, até a época romana. A área vem sendo escavada há mais de 150 anos, e recentemente arqueólogos encontraram duas tumbas de 4.300 anos, datando do reinado do faraó Unas, último soberano da 5ª dinastia.


As tumbas estão a mais de 400 metros a sudoeste da pirâmide de Djoser, a mais antiga do Egito (cerca de 2700 a.C.). Essa região nunca tinha sido explorada, por se considerar que o cemitério não seguia até lá. O achado, anunciado pelo Conselho Superior das Antigüidades Egípcias, indica que a necrópole é maior que se imaginava, e que provavelmente ainda há muito a ser descoberto na região.


Segundo o arqueólogo-chefe do conselho, Zaki Hawass, acredita-se que apenas 30% dos monumentos egípcios foram descobertos. O resto continua coberto pela areia.
*Graziella Beting é jornalista e tradutora

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Grã-Bretanha: Cemitério de 2 mil anos é achado durante obras para Olimpíada de 2012

Arqueólogos britânicos descobriram uma vala comum de cerca de 2 mil anos em um trecho de uma estrada que está sendo construída para os Jogos Olímpicos de 2012, que serão realizados em Londres.

Vala comum estava perto de estrada sendo construída para Olimpíada de Londres. [Na foto] Crânios em sítio arqueológico em Dorset (Foto: Condado de Dorset/Divulgação)


Por BBC Brasil
Atualizado em 15 de junho, 2009 - 04:57 (Brasília) 07:57 GMT


A descoberta ainda surpreendeu os cientistas pelo fato de os esqueletos terem sido encontrados decapitados e desmembrados.

"Até o momento, contamos 45 crânios encontrados em um canto da vala, e vários troncos e ossos de pernas espalhados pelo local", disse David Score, gerente de projetos da Oxford Archaeology, responsável por acompanhar a construção da estrada.

"É raro encontrar cemitérios arqueológicos desse tipo, pois normalmente os corpos estão alinhados."
'Catástrofe'
Segundo Score, sua equipe ainda está recuperando os esqueletos e os levando para análise em Oxford.

"Ainda é muito cedo para tirar conclusões, mas os crânios parecem ser predominantemente de homens jovens", afirmou.

"Não sabemos ainda como ou por que os restos mortais foram depositados neste local, mas é muito provável que tenha ocorrido algum evento catastrófico, como uma guerra, uma epidemia ou uma execução.
Os cientistas estimam que a vala tenha sido aberta em algum momento entre o final da Idade do Ferro e o início da invasão romana no território britânico, no século 1.
A estrada onde foi realizada a descoberta arqueológica está sendo construída para facilitar o trânsito na região de Weymouth e Portland, no condado de Dorset, que sediarão as provas de iatismo dos Jogos Olímpicos de 2012.
A administração do condado pediu para que a população não se aproxime do local para não atrapalhar o trabalho dos arqueólogos nem atrasar as obras da estrada.
Após analisadas, as peças encontradas deverão ser expostas ao público em um museu da região.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sítio arqueológico milenar é descoberto durante construção de escola no Amapá

Mais de cem peças de cerâmica foram encontradas em Laranjal do Jari. Material pertencia a cemitério indígena, afirma pesquisador.
Por Iberê Thenório
Do Globo Amazônia, em São Paulo
01/07/09 - 12h47 - Atualizado em 01/07/09 - 14h04


O que seria uma simples terraplanagem para construir uma escola se transformou em descoberta científica em Laranjal do Jari, no Amapá. Durante a construção de uma escola na periferia da cidade, trabalhadores encontraram um cemitério indígena com dezenas de peças de cerâmica que podem ter mais de mil anos.

Descoberta de cemitério milenar aconteceu durante terraplanagem para construção de escola na periferia de Laranjal do Jari (AP). (Foto: Gerência de Pesquisa Arqueológica - IEPA/Divulgação)

Logo após a descoberta, o arqueólogo João Saldanha foi chamado para fazer o resgate do material. “Era um grande sítio arqueológico, que tinha muito material. Havia 50 urnas [funerárias], e contabilizamos em torno de cem peças [de cerâmica] inteiras”, conta o cientista, que trabalha para o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa). Cada urna funerária encontrada é formada por vários vasos diferentes.

Arqueólogo Pedro Saldanha foi chamado para resgatar peças de cerâmica. (Foto: Gerência de Pesquisa Arqueológica - IEPA/Divulgação)

Segundo Saldanha, os desenhos gravados na cerâmica indicam a presença de um povo que ocupou também a Guiana Francesa e o Suriname há cerca de 1.200 anos. “Há pinturas de formas humanas e de animais. Uma grande aldeia, intensamente ocupada, existia ali”.

Parem as máquinas

Desde a descoberta, ocorrida em maio, a construção da escola está parada. Saldanha terminou as escavações em 20 de junho, e imagina que em breve a obra poderá continuar, pois todas as peças que estavam sob a construção foram resgatadas.

Cada urna funerária é formada por diversos vasos. No total, 50 conjuntos foram encontrados. (Foto: Gerência de Pesquisa Arqueológica - IEPA/Divulgação)


O restante do sítio arqueológico, que está fora da área da construção, será explorado mais tarde, segundo o pesquisador. “A ideia é que possamos fazer um sítio-escola, uma escavação para que os alunos aprendam como se trabalha a arqueologia”, explica.