A cidade de Jequitinhonha, MG, no ano do seu 200º aniversário, realizará o "Encontro Indígena – Homenagem ao borun Kuêk e ao Príncipe Maximiliano de Wied", nos dias 13/14/15 de maio, ocasião em que serão restituídos à tribo Krenak os restos mortais do borun (“botocudo”) Kuêk, morto em 1834 na Alemanha e desde então expostos no Museu de Anatomia da Universidade de Bonn, trazidos pelo Cônsul-Geral da Alemanha no Brasil.
Vista da cidade de Jequitinhonha (MG) que comemora seu bicentenário. Imagem disponível em 03/05/2011 no site: http://radardovale.blogspot.com/2011/02/bicentenario-de-jequitinonha-umas-das.html
Intensas Negociações Multilaterais
Atuaram nas negociações o Prof. Karl Schilling,diretor do Museu de Anatomia da Universidade Friedrich-Wihelms, de Bonn, de maneira determinante (a ele cabia a palavra final, como guardião da relíquia); o dr. Uwe Kaerstner. ex-embaixador da Alemanha no Brasil e grande amigo do nosso País; a Embaixada do Brasil em Berlim; o Ministério do Exterior da Alemanha, e o dr. Roberto Botelho, prefeito de Jequitinhonha.
A relíquia será trazida até o Rio de Janeiro pelo diretor do museu, Prof. Karl Schilling, de lá até Jequitinhonha será acompanhada também pelo Cônsul-Geral alemão. O prefeito receberá a urna funerária das mãos do Cônsul, dr. Michael Worbs e, ato contínuo, a entregará à tribo Krenak, do tronco borun, que irá fazer o enterramento segundo seus rituais e crenças, em sua aldeia. Uma rua da Jequitinhonha será denominada "Kuêk", outra "Príncipe Max".
"Retrato do Príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied com o botocudo Quack". (Assinado e datado de 1828). Óleo Sobre Tela, 210 x 126 cm. Autor: Johann Heinrich Richter. Imagem disponível em 03/05/2011 no link: http://christinatranslations.com.br/DissertacaodeMestrado.pdf
Reconhecimento das Raízes Indígenas da Cidade
Presentes, as nações Maxakali,Mucurin, Pataxó, Pankararu, Aranãs, e a já citada Krenak.; autoridades estaduais e municipais. E, naturalmente, o povo de Jequitinhonha, também protagonista nesse três dias de festas, conferências, debates, danças, cantos e mostra de artesanato indígena, num verdadeiro reencontro com suas raízes indígenas.
Jequitinhonha recebe de volta um filho do Baixo Vale, levado para longe pelas circunstâncias da vida (isso faz vocês lembrarem de alguma coisa, não é?). E o encontro das nações aqui na cidade significa um um aceno ao seu passado, em que era tão percorrido por povos de tantas culturas. E, certamente, um sinal para o seu futuro, como cidade das artes, das culturas, aberta para o mundo.
*Secretária-Executiva / Comissão do Bicentenário de Jequitinhonha
Fonte: http://curtirobi.webnode.pt/news/homenagem-ao-botocudo-e-ao-principe-encontro-indigena/
Veja também:
http://www.dzai.com.br/dinge/noticia/montanoticia?tv_ntc_id=46189
http://radardovale.blogspot.com/2011/02/bicentenario-de-jequitinonha-umas-das.html
http://www.brasil.diplo.de/Vertretung/brasilien/pt/__events/in__Rio/2011__05__Jquitinhonha.html
http://blogdobanu.blogspot.com/2011/02/jequitinhonha-promove-resgate-de-povos.html
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